Amor de irmãs e o coração cheio de sonhos
segunda-feira, setembro 25
Lembras-te de quando colávamos pôsteres lá por casa? Ainda por lá tenho um da Avril Lavigne no roupeiro do meu quarto, sabes?
Lembras-te de quando colocávamos molas no teu cabelo e víamos vezes sem conta as gravações dessa altura feliz?
Lembras-te de quando decidimos ser felizes outra vez? Fui eu que decidi, não foi? Tu sempre foste a mais forte. Sempre foste aquela que não falava (e não fala) sobre as coisas, porque sabe e sente que a opinião dos outros não vai melhorar nada, só vai apaziguar a alma por pouco tempo.
Eu sempre fui aquela que pensava (e pensa) que se as alegrias são para dividir, as tristezas também o são. Mas tu não acreditavas na partilha da tristeza, quanto mais nas amizades. E na verdade eu também nunca acreditei, mas deixei-me levar pelas amizades que me telefonavam quando precisavam de serviço de táxi. Porque era mais fácil ficar a observar que confrontar a ideia da solidão.
Deixei-me disso. Aprendi contigo. E continuo a aprender contigo. Ainda estou a aprender a dizer que não, sabes? Já aprendi a deixar para trás todos os pensamentos e pessoas tóxicas. Mas ainda tenho alguma dificuldade em dizer que não, confesso. Sempre foste a mais segura de si, a mais apegada à mãe, a que sofria em silêncio mas chorava baba e ranho e se afligia quando nos via sofrer.
Sempre serás assim: uma flor de estufa disfarçada de mulher forte. Ou será o contrário?
Lembro-me de me esconder no quarto, com a almofada apertada contra os meus ouvidos, a música a tocar e a cantarolar para tentar esquecer os gritos lá fora, depois de te dizer para, por favor, ires lá abaixo acalmar os ânimos.
As pessoas mudam, não é verdade? Se ele soubesse o orgulho que tenho nele, saberia quantas lágrimas verto cá dentro por finalmente sermos uma família feliz. Os cinco, pelo menos.
Lembras-te, de quando voltámos a ser cinco? Sabes que não me lembro. A minha memória cortou as datas e fez-me perder um tanto ou quanto a noção do tempo. Mas sei e sinto a sorte que tenho por vos ter comigo.
Tenho a melhor família do mundo, sabes? Um tesouro eterno no coração.
Um beijinho no coração
Lembras-te de quando colocávamos molas no teu cabelo e víamos vezes sem conta as gravações dessa altura feliz?
Lembras-te de quando decidimos ser felizes outra vez? Fui eu que decidi, não foi? Tu sempre foste a mais forte. Sempre foste aquela que não falava (e não fala) sobre as coisas, porque sabe e sente que a opinião dos outros não vai melhorar nada, só vai apaziguar a alma por pouco tempo.
Eu sempre fui aquela que pensava (e pensa) que se as alegrias são para dividir, as tristezas também o são. Mas tu não acreditavas na partilha da tristeza, quanto mais nas amizades. E na verdade eu também nunca acreditei, mas deixei-me levar pelas amizades que me telefonavam quando precisavam de serviço de táxi. Porque era mais fácil ficar a observar que confrontar a ideia da solidão.
Deixei-me disso. Aprendi contigo. E continuo a aprender contigo. Ainda estou a aprender a dizer que não, sabes? Já aprendi a deixar para trás todos os pensamentos e pessoas tóxicas. Mas ainda tenho alguma dificuldade em dizer que não, confesso. Sempre foste a mais segura de si, a mais apegada à mãe, a que sofria em silêncio mas chorava baba e ranho e se afligia quando nos via sofrer.
Sempre serás assim: uma flor de estufa disfarçada de mulher forte. Ou será o contrário?
Lembro-me de me esconder no quarto, com a almofada apertada contra os meus ouvidos, a música a tocar e a cantarolar para tentar esquecer os gritos lá fora, depois de te dizer para, por favor, ires lá abaixo acalmar os ânimos.
As pessoas mudam, não é verdade? Se ele soubesse o orgulho que tenho nele, saberia quantas lágrimas verto cá dentro por finalmente sermos uma família feliz. Os cinco, pelo menos.
Lembras-te, de quando voltámos a ser cinco? Sabes que não me lembro. A minha memória cortou as datas e fez-me perder um tanto ou quanto a noção do tempo. Mas sei e sinto a sorte que tenho por vos ter comigo.
Tenho a melhor família do mundo, sabes? Um tesouro eterno no coração.
Um beijinho no coração