Boa-Bao - Chiado
segunda-feira, outubro 9
Uma viagem emocionante pelo continente Asiático
Aceitei o convite de uma amiga, fizemos as malas, pegámos no passaporte e no bilhete e lá embarcámos. O destino? A Ásia, com certeza. Não fosse eu tê-la eternamente no meu coração, sem nunca lá ter ido. Pelo caminho aceitávamos o desafio de experienciar todos os sabores possíveis e imaginários da cozinha Oriental, Tailandesa, Malaia, Filipina, Vietnamita, Coreana, Japonesa e Chinesa.
As expectativas já eram elevadas: aquela viagem andava nas bocas do mundo. Mas a verdade é que voltávamos a casa, no final daquela viagem, de coração cheio, de queixo caído e sem saber bem como descrever aquela experiência, que se revelara indescritível.
Viajar enriquece a alma, abre a mente e faz bem ao coração
E foi exatamente isso que sentimos, ao chegar ao Largo Rafael Bordalo Pinheiro e encontrarmos um espaço tão bonito e com tanto para nos contar. E há medida que nos iam contando a história daquele lugar encantado, os nossos corações iam-se enchendo de vontade de permanecer ali mais um bocado. Para que não restem dúvidas, se é que há espaço para tal, estou a falar-vos do Boa-Bao, um dos restaurantes que, arriscaria dizer, ganhou entrada direta no meu top de experiências que nos sabem pela vida, na nossa Lisboa.
Um brinde às experiências eternas
Falemos então das relíquias que compuseram a nossa viagem pelos sentidos. Tudo começa nas entradas - e por lá, há entradas para todas as papilas gustativas: sortido de dim sum vegetariano, tiras fritas de carne de vaca seca com sésamo estilo Isaan e até tosta de pão frito com camarão, porco e sésamo. Todos os sabores se entrelaçam, na combinação perfeita para nos deliciarmos em cada dentada.
Os pratos principais seguem a mesma exigência, já que qualidade é palavra de ordem naquele espaço. E assim tivemos à nossa frente caril verde tailandês de frango (uma novidade na ementa), acompanhado por arroz jasmin e arroz frito, dourada grelhada com legumes asiáticos e uma salada de cogumelos com polvo grelhado, de comer e chorar por mais.
À partida, durante e após a viagem, pudemos desfrutar dos magníficos cocktails que completam aquela experiência mágica. Confesso que morri logo de amores pelo cocktail solidário, denominado Hurry (if you) Can, pensado a rigor para ajudar as vítimas dos furacões que devastaram a região das Caraíbas e contribuir para o esforço de reconstrução. Um cocktail que estará disponível durante 6 semanas e cujas receitas reverterão 100% para a causa através da doação ao movimento humanitário Red Cross (Cruz Vermelha). A lata onde é servido é, também ela, inspirada nesse cenário.
Mas há tantos outros cocktails, com ou sem álcool, sumos e chás, que se apresentam super originais e deliciosos, para desfrutar em qualquer altura do dia.
Last but not least, chegámos às benditas sobremesas! Experimentámos um trio-maravilha, composto por creme brûlée de coco com manjericão e erva príncipe, carpaccio de ananás com loempia de chocolate e baunilha e mousse de manga (também ela novidade).
Adorei a combinação das três, mas confesso que me perdi de amores pelo carpaccio! Ah, posso tê-lo agorinha, outra vez?
Experimentámos também a novidade do dia: um pastel da nata de pandam que, deixem-me que vos diga, é um mimo! Para quem não é grande fã desta iguaria (como é o meu caso), esta é uma enorme oportunidade para se ser feliz. Para os amantes do pastel de nata, por outro lado, pode ser fator de desconfiança. Mas fica o desafio: experimentem! Verão de que lado ficam.
E é isto, para hoje. Um brinde aos amigos à mesa e aos restaurantes que despertam os sentidos e depositam amor em cada prato e em cada canto da sua casa. Às experiências eternas, à Ásia e a quem nos leva por viagens indescritíveis, por esse mundo imenso, o meu eterno obrigada.