(o mundo) aos teus pés, Ericeira
quinta-feira, fevereiro 9
Não viajo para fugir da vida, viajo para a vida não fugir de mim.
Há lugares maravilhosos, capazes de nos tirar o fôlego e de nos roubar o coração de súbito. Lugares onde vivemos histórias inesquecíveis e onde conseguimos ser felizes uma e outra vez. Esta é uma dessas histórias: uma história de (en)cantar que podia começar como qualquer outra, mas acabaria de forma diferente. Acabaria assim: volta onde já foste feliz. Afinal, o que pode ser mais importante do que um coração cheio?
O meu coração ficou ali na Ericeira, naquele recanto mágico e cheio de luz, por mais que a chuva ameaçasse chegar. Saímos sexta-feira depois do sol posto e fomos diretos ao Ericeira Boutique Lodge, do grupo byÉME, buscar as chaves e pousar as coisas. O espaço fez jus s elevada expectativa e logo nos apaixonámos novamente pelos apontamentos inspiradores e vestidos a rigor pensados para dois corações. Ao João e ao Francisco o nosso obrigada por continuarem a dar-nos asas para voar.
E como foodie compulsiva que sou claro que fui com tudo planeado: levava comigo impressas as folhas retiradas da Zomato dos locais imperdíveis para petiscar, jantar, almoçar (não necessariamente por esta ordem) e dali seguimos para o jantar. Um dia destes lá voltarei para ir buscar o coração. Quando esse dia chegar, posso viver tudo outra vez, por favor?
O jantar foi no Com PINTA, mesmo porque nos apetecia revelar a pinta que havia em nós e pintar com quantas cores o mundo tem. Dois hambúrgueres em bolo do caco, um saudável (tanto quando um hambúrguer pode ser) e um "gordo", com batata doce frita a acompanhar, um sumo natural de ananás e hortelã e uma coca-cola zero.
A decoração do espaço falava-me ao ouvido, a bicicleta prendia-me o olhar, a lata de patê onde nos trazem a conta e a telefonia ao balcão pediam-me que as levasse para casa. Os provérbios que por lá se instalam lembram-me como é linda, arisca e traiçoeira a língua portuguesa.
Mas as surpresas estratégicas não ficavam por aqui. A sobremesa tinha que ser especial, num lugar especial. E dali fomos ao Brunch Me, onde quase andei de gatas pelos (re)cantos à procura do meu coração. Podia (mesmo) viver ali, conviver diariamente com aquelas pessoas e envolver-me naquela magia que por lá se sente. Queríamos panquecas com maple syrup e doce e dois chás, se faz favor.
O quarto esperava por nós e o frio acompanhava a vontade incessante de voltar ao Ericeira Boutique Lodge. O adeus estava um bocadinho mais próximo, mas o melhor ainda estava para vir. Mal podia esperar pelo dia seguinte, para ir almoçar ao Golfinho. Ansiava e contava os minutos, qual criança com a emoção ao rubro e pura felicidade, sem mas nem porquês. Até que chegou a hora. Agora pára tudo o que estás a fazer e vem comigo, por favor:
Sentiste? Se precisas de um pouquinho mais de embalo vai ler a história de amor da Ana e do João, por favor. Ela era patê de beterraba, porque é consumidora incessante do cor-de-rosa, caril de camarão com arroz e chips de batata doce e ele, carnívoro orgulhoso, bife da vazia com ovo e molho de cogumelos. És servido/a? Comida já não há, mas há amor às colheres para te dar. E à Ana e ao João, o nosso obrigada por serem o Romeu e Julieta lá da zona.
E assim voltámos à doce capital, carregadinhos de sonhos e com as emoções bem à flor da pele e com a promessa que voltaríamos em breve para continuar a escrever esta história. Mas há mais sobre domingo. Abro-te o apetite dizendo que voltámos a outro lugar onde já fomos muito felizes e descobrimos outros tantos com um cheirinho bom.
Grupo by Éme - Ericeira Boutique Lodge
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