Adeus princesa Dori
quinta-feira, maio 11
E assim ela foi para um lugar melhor, sem se despedir de mim.
E se aqui vos falava da suposta depressão da princesa Dori, ela veio fazer-me questionar tudo o que vos disse que acreditava estar certo. Não, a Dori não estava depressiva e não a Dori não ficou bem. A Dori melhorou sim, deixou de parecer a gata mais triste do mundo, mas nunca voltou a ser a mesma princesa, apaixonada pelo sofá cá de casa. E foi na sexta-feira passada que o pior aconteceu, sem que esperássemos. Desculpem-me mas não vou abordar esta história em detalhe porque dói que farta. A Dori deixou de comer, beber água, de se mexer inclusive, de ver, reagir. Foi internada de urgência, desidratada, posta a soro a cortisona e basicamente melhorava, piorava, melhorava e piorava novamente, fez todos os testes de exclusão possíveis e imaginários e não se descobriu a causa. Qualquer uma das que sobrava era mortal e decidimos levá-la para casa, dar-lhe a comida por seringa, se fosse necessário e dar-lhe a cortisona. E assim foi. Segunda-feira ela foi para casa. Terça-feira passou o dia bem, andava, comia sozinha e miava. Quarta-feira (ontem) a Dori deixou-nos. E eu não me pude sequer despedir. Porquê, Dori? Porquê? Engulo toda essa mágoa que me estrangula e me corrói o coração e repito para mim mesma que sei que foste feliz todos os dias da tua (curta) vida na nossa família. 2 anos de ti Dori, 2 anos de nós. Fica a saudade e o desejo de que estejas num lugar melhor, a olhar por ti e por nós. Descansa em paz, meu amor.